Páginas

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Eternos Clássicos: Plymouth Barracuda



O Plymouth Barracuda foi um carro fabricado pela Plymouth, que fazia parte da Chrysler mas que hoje não existe mais. A marca Plymouth foi descontinuada em 2001. Mas os tempos áureos da marca ocorreram no passado, principalmente com o belíssimo Barracuda, carinhosamente abreviado para Cuda.

A primeira geração do Cuda foi lançada em 1964, e após a fabricação de três gerações diferentes, a montadora acabou encerrando o ciclo do automóvel em 1974. O carro foi relativamente bem vendido mas acabou perdendo um pouco de espaço por conta de ter nascido no mesmo ano do Mustang, e ao longo dos anos acabaram surgindo outros bólidos da época e que acabaram ganhando mais terreno do que o Cuda.

Primeira Geração (1964 - 1966)



O lançamento do Cuda aconteceu no dia 1° de Abril de 1964, duas semanas antes do lançamento do Mustang pela Ford. No começo do projeto o nome do carro seria Panda, sim, como o urso, mas o nome foi mudado para Barracuda, algo mais próprio para o carro.

Mas o nome Panda acabou sendo utilizado alguns anos depois pela Fiat, que chamou seu novo carro de Fiat Panda, um veiculo muito parecido com o Fiat Uno que é muito conhecido aqui no Brasil.



A primeira geração do Cuda foi baseado no Phymouth Valiant. O Cuda usava praticamente a mesma estrutura da parte inferior do Valiant, mas possuía uma traseira alongada com um enorme vidro traseiro, tão grande que foi, e ainda, é o maior vidro traseiro já instalado num carro de produção.

O motor utilizado no Cuda era exatamente o mesmo do Valiant. No primeiro ano haviam três opções de motores, a mais básica era o motor 170 cu, um V6 de 2.8L que gerava 101HP, a outra opção era o motor 225 cu, V6 de 3.7L que gerava 145HP. Caso o comprador quisesse ainda mais potencia, existia uma versão do carro que vinha com o motor 273 cu, V8 de 4.5L e com carburado de duplo venturi, essa combinação gerava 180HP para o motor.

Em 1965 o motor base do Cuda no mercado americano acabou se tornando o 225 cu de 3.7L. Com isso, a Plymouth deu um upgrade no seu motor V8, e colocou um carburador com quatro venturi e mais algumas modificações. Essa mudança adicionou 55HP ao motor, que agora poderia produzir 235HP.


Barracuda Formula S
Ainda em 1965, uma versão mais esportiva foi lançada pela Plymouth, o Barracuda Formula S. Nele haviam mudanças no motor, suspensão inteiramente nova e melhorada, pneus e rodas maiores, alguns novos emblemas e tacômetro.

E a partir de 1965 todos os veículos saiam de fabrica com freio a disco e ar-condicionado (sim em 1965, quase 50 anos atras, os carros já saiam de fabrica com freios a disco, nós do Brasil, em 2013 ainda não temos todos os carros saídos de fabrica com freio a disco. Estamos apenas 48 anos atrasados.)

Em 1966, o carro sofreu mais algumas modificações estéticas, como novas lanternas traseiras, mudanças na grade frontal e nos para-choques, além de receber pela primeira fez um logo feito especialmente para o Barracuda.


Logo do Barracuda
Segunda Geração (1967 - 1969)

Até o ano de 1966, o Barracuda não era um carro muito esportivo, tudo bem que no ano que ele foi criado os carros mais visados pelos compradores possuíam aquele estilo mais alongado e robusto. Mas a Plymouth não queria isso para o seu carro. Então em 1967 surgiu a primeira grande modelagem do Barracuda.

A partir desse ano os modelos começaram a vir com versões conversíveis e com as traseiras, "notchback" e "fastback".


As mudanças nas versões de 67 se limitaram as mudanças estéticas  foram muitas, pois como já havia falado antes, o carro deixou de ser tão robusto, e continha linhas mais retas e mais cantos, do que bordas.

Os motores das versões do ano de 67 também continuavam sendo os mesmos usados nos carros de primeira geração do ano anterior. Mas em 1968, a Plymouth quis deixar o seu Barracuda mais potente, e acabou apimentando o motor que já não era fraco.

Em 1968, o motor 273 de 4.5L, foi substituído pelo 318 cu, um V8 de 5.2L, o menor V8 disponível na época, e o novo 340 cu com 5.4L foi lançado.

Nesse ano o carro começou a ficar famoso pelos seus potentes motores, tanto que a Plymouth acabou fabricando aproximadamente 50 unidades do Cuda Fastback com o famoso Hemi 426 de 7.0L para o Super Stock drag racing, esses carros foram montados pela Hurst Performance. Os carros eram completamente modificados dos de rua, eles possuíam capo com entradas de ar, não existia bancos traseiros, os bancos eram versões esportivas e mais leves, o carro foi feito realmente para as corridas de arrancada e era proibido de rodar nas ruas.


Em 1969 a Plymouth investiu ainda mais em performance do Cuda, versões com o motor 383 revigorado com 330HP foram instalados nos carros. E assim se encerrou o tempo de vida da segunda geração dos Cudas.

Terceira Geração (1970 - 1974)

Em 1970 aconteceu uma nova mudança estética no Barracuda, e agora ele ficaria com uma carroceria mais simples e limpa, com uma traseira mais alta com relação a dianteira, belas lanternas traseiras e entradas de ar no capo para alimentação do motor.




Essa seria a imagem que o barracuda levaria para sempre. É a geração mais conhecida, e mais bonita do Cuda, na minha opinião. Na terceira geração existiam apenas duas versões do Barracuda, a coupé e a conversível.

Essa versão recebeu varios motores durante os quatro anos que durou. Mas o principal motor a equipa-lo foi o Hemi 426. Ele já havia sido usado nas poucas versões feitas especialmente para competições de arrancadas. Mas como a carroceria foi remodelada, havia mais espaço disponível aonde ficaria o motor, o que acabou facilitando a instalação do Hemi 426. Isso fez com que esse motor, um dos melhores já produzidos, fosse para as ruas em mais um bólido da época  ele já equipava outros carros da Dodge e da Plymouth, entre eles o Charger e o Superbird.

Além dos grandes motores, a terceira geração trouxe para as ruas, algumas versões que traziam alterações nos capôs e as famosas cores chamativas que ficaram marcados em carros da Plymouth. Entre as cores temos as famosas "Vitamin C", "In-Violet", "Sassy Grass Green" and "Moulin Rouge".




Em 1971 foram feitas pequenas mudanças no visual do carro. Em vez de apenas um par de faróis dianteiros, o carro começou a possuir dois pares. Mudanças na grade dianteira também foram feitas. As opções de motores continuaram as mesmas da versão do ano anterior.




Em 1972 ouve novas mudanças nos faróis e grade dianteira. O Cuda voltou a ter apenas um par de faróis dianteiros, e na traseira as lanternas quadradas deram lugar a lanternas em forma de circulo. Além de uma pintura de faixa opcional, caso o comprador optasse. As opções de motores diminuíram, muito por causa das normas de poluição.

Nos dois últimos anos do Cuda, pouca coisa mudou. Os motores continuaram sendo reduzidos e acabaram ficando cada vez menos potentes, para estarem dentro das normas de poluição. O carro acabou ficando mais pesado por conta de alterações de segurança que precisaram ser feitas, como adição de barras protetoras de impacto lateral nas portas, para-choques mais rígidos entre outros aspectos.




Em 1° de Abril de 1974, exatos 10 anos após o lançamento e inicio da fabricação do Barracuda, a Plymouth anunciava o fim de um ciclo. O Cuda pode até não ter feito muito sucesso na época, muito porque o auge dele, se deu em um momento aonde as montadoras precisaram recuar nos quesitos de motores enormes e emissões de gases poluentes.

Mas hoje colecionadores pagam grandes quantias de dinheiro para ter um Barracuda na sua garagem, quanto mais original melhor, e se possuir um Hemi 426 embaixo do capô vale muito mais. Assim a historia de um grande carro que já não é mais fabricado perdura até os dias de hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário